Dentre as várias ações para promover a Inclusão a formação é uma poderosa ferramenta, pois é através do conhecimento que diminuímos as ansiedades e a visão embutida de pré conceitos sobre o universo da Educação Especial.
Aqui está o primeiro registro do tema abordado, material e as impressões.
Além das profissionais da unidade tivemos a presença de duas colegas de outra escola e por isso realizamos uma breve apresentação. Contei sobre minha formação e experiência profissional. Solicitei que cada uma, além de dizer o nome e formação, contar sobre o que motivou para a inscrição neste curso.
A formação das cursistas é bem variada: há formação na área da educação, letras, fisioterapia, direito e educação especial.
A maior parte disse que, além da facilidade de fazer o curso no mesmo local de trabalho, há bastante interesse pela área, pois percebem que a escola sempre está recebendo crianças com deficiência. Outras somente pela facilidade do local e outras somente pelo grande interesse nesta área.
Realizei a leitura da proposta do curso e os temas abordados, sendo entregue a cada uma um folder com essas informações.
A proposta era provocar a reflexão. Partir da leitura do Art. 205 da Constituição Federal de 1988 que diz: "A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho."
Mas...Para TODOS quem? Pressupõe-se que Todos seriam todos os SERES HUMANOS.
Foi entregue neste momento um questionário para que assimilassem de acordo com a seguinte explicação: Quem cabe no seu TODOS?"
A discussão sobre quem é esse "TODOS" foi bastante rica, pois cada uma entendeu de uma maneira. Umas selecionaram o seu círculo de "todos" e outras optaram por selecionar todas as opções. Levei a discussão no sentido de como é complexo quando definimos esse "TODOS"; que o poder público, assim como nós, definimos quem são esse "TODOS" para definir as políticas públicas, as ações e muitas vezes as leis.
Frisei a importância de, ao pensarmos no "todos", afirmassem sempre como "todos os seres humanos". Questionei: Mas o que nos diferencia dos animais para podermos nos denominar humanos?
As respostas foram bem interessantes como: somos diferentes dos animais porque temos inteligência, pensamos. Devolvi dizendo: as pessoas que pensam menos ou não possuem a capacidade de raciocinar são menos seres humanas?
Outra resposta foi: porque falamos. Questionei novamente: e quem não fala tem menos direitos ou são menos humanas? O mesmo para quem não anda, etc. A resposta é simples: somos diferentes dos animais por sermos descendentes de humanos e que há diferenças que não as tornam menos seres humanos do que outros. Enfatizei a importância de não perdemos esse foco, pois essa será a base para nossas discussões.
Logo em seguida assistimos o vídeo feito pelo MEC em 2009 que trata da inclusão e está postado no final deste registro. Realizamos um gostosa discussão sobre o vídeo.
Para finalizar foi lido o livro infantil "Tudo bem ser diferente", do escritor Todd Parr.